Guia do EPI cabeçalho

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Tudo sobre saúde e segurança do trabalho

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Olha a cabeça!!

Você certamente já passou por uma obra e viu os funcionários usando aqueles capacetes estranhos na cabeça, não é? Capacetes plásticos, aparentemente frágeis, que parecem mais esquentar a cabeça dos coitados do que proteger. Afinal, se cair um tijolo ali, ele não vai adiantar nada! Não é?

Essa é a parte interessante: vai adiantar e muito! Olhando assim, de fora, ele realmente não parece resistente, mas a verdade é que esses capacetes são, de longe, dos equipamentos de proteção mais importantes que já se viu, especialmente na construção civil! Vamos dar uma olhada mais de perto e desmistificar essa má impressão?
Resistência e leveza

Os capacetes de proteção são feitos de material plástico de alta resistência, o que significa que não é um plástico qualquer. Eles devem ser resistentes o suficiente para resistir a impactos de objetos pesados e que estejam caindo de uma altura considerável (dependendo da altura da qual o objeto caiu, sua velocidade será maior e a força do impacto também).

Ocorre que o capacete não pode ser somente rígido pois se assim fosse, racharia com facilidade mesmo com pesos menores caindo sobre si. Se você já viu um crash test automotivo (aqueles testes em que medem a resistência e a reação dos carros a um impacto), já deve ter notado que o carro não se mantém ileso: a lataria se “amarrota” à medida em que o impacto acontece. Sabe por que? Porque se ela não se amassasse, não absorveria parte do impacto – a força da batida ia sobrar, na íntegra, para os passageiros. “Como assim?” Quando a lataria se amarrota, ela absorve uma parte enorme do impacto e, com isso, reduz a velocidade da batida – como se fosse um amortecedor gigante.
Truque debaixo do quepe

Ah! Mas o capacete não é só aquela casca arredondada que vemos! Você já deve ter notado que ele parece flutuar sobre a cabeça dos operários, parecendo que não encostam neles. Na verdade, é isso mesmo, eles não estão encostados na cabeça do pessoal. Debaixo do capacete, há uma outra estrutura também de plástico, mas um plástico menos rígido e mais elástico, em forma de grade. Essa grade, sim, envolve a cabeça do operário em cima e nas laterais, para manter o capacete firme no lugar. Quando um objeto cai sobre o capacete, ele se apóia nessa grade; a grande cede um pouco com o impacto mas não o suficiente para que o capacete encoste na cabeça. Ela fez um trabalho parecido com o das molas em um carro: ela é comprimida com o peso do carro mas não deixa a lataria encostar nas rodas. Já notou isso? Pois então; é a mesma coisa.

“Mas então o operário não se machuca nem um pouco?” Não é bem assim. O capacete evita que o impacto cause ferimentos graves – muitas vezes, fatais -, mas não previne um ferimento por completo. Vamos supor que lhe caia um tijolo do andar de cima. O capacete e a grande que fica debaixo dele vão absorver parte do impacto, porém alguma força ainda será transmitida para a cabeça do operário. As alças da grade que se apóiam nas laterais da cabeça podem ferir um pouco a pele por causa da força do impacto. Mas será um ferimento de menor importância – grande mesmo será o susto!

“Mas e se o tijolo cair de dez andares acima? Ou um vergalhão? Ou uma parede inteira??” Bom, é óbvio que todo equipamento de proteção tem limitações e acidentes assim são potencialmente fatais (quando um operário se salva de uma coisa assim, vira manchete). Por isso, além de se proteger de eventuais acidentes, o ideal é preveni-los para que nem cheguem a acontecer. Afinal, só é preciso uma única chance para o azar ter sorte.



Percebe agora como esse capacete de aparência tão frágil é tão importante?

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