Pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, desenvolveram um software que utiliza dados estatísticos para fornecer informações sobre probabilidade de tipos de acidentes em determinadas estradas.
Essas novas informações podem no futuro ajudar os motoristas a planejar suas viagens: entre elas, estão dados relacionados ao número e tipo de acidentes, com detalhes como horário, condições do tempo, localização e até mesmo se houve abuso de álcool ou velocidade entre os envolvidos na colisão. O sistema poderá ser aplicado ao Google Earth, mostrando essas informações on-line.
O programa, que identifica a probabilidade de acidentes de trânsito em determinados horários e localidades das estradas estatais, é baseado no histórico de acidentes. Segundo a publicação “Technology Review”, ele utiliza as estatísticas coletadas nos últimos cinco anos e softwares de mapas para criar uma tela colorida, com os níveis de risco de acidentes em segmentos das estradas em todo o Estado. Em um dia particular, alguém pode ver quais rodovias têm o maior risco, por exemplo, de acidentes relacionados com álcool. Os pesquisadores querem, no futuro, disponibilizar os dados para motoristas através de celulares Smartphones e Tablets.
“O modelo diz: ‘esta área tem um risco maior do que esta nesse horário específico, por ter esse tipo de batidas’, o que nos permite prever quando e onde estão os maiores riscos de acidentes”, diz Christopher Holloman, líder do projeto e diretor associado do Serviço de Consulta Estatística no Departamento de Estatística da Universidade. Atualmente, o modelo tem sido utilizado pela Patrulha de Estradas do Estado de Ohio para monitoramento e posicionamento dos guardas.
“O principal uso desse tipo de tecnologia será no setor público: trabalhando com os governos e departamentos estaduais de transportes e lhes fornecendo essa informação, eles poderão fazer modificações, protegendo os motoristas”, diz Bryan Mistele, co-fundador e presidente-executivo da Inrix, empresa que fornece dados em tempo real sobre o trânsito.
Para Mistele, o próximo passo para os cientistas é indicar claramente se as estradas de maior risco estão relacionadas com a quantidade de tráfego -- é amplamente conhecido que há uma correlação significativa entre o número de carros e a propensão de acidentes. Ao separar essa informação, os pesquisadores terão um melhor entendimento do que faz certas rodovias mais arriscadas que outras e que tipo de acidentes são prováveis a acontecer nessas estradas.
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