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quarta-feira, 20 de julho de 2011

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Dois operários morreram soterrados no final da tarde de ontem, enquanto trabalhavam dentro de uma vala aberta para a instalação da rede de esgoto numa obra executada em um terreno na avenida Independência, altura da Universidade Paulista (Unip). A vala tinha cerca de três metros de profundidade e a parede lateral desabou sobre os operários. O acidente, que vitimou Márcio Sebastião Lorenço, de 22 anos, e Gian Ribeiro do Nascimento, de 20 anos, ocorreu por volta das 16h30 e mobilizou viaturas do Resgate e do Samu, além da Polícia Militar. Um acidente similar ocorreu no último dia 6 em Ibiúna, com dois homens soterrados - um deles de 58 anos morreu no local. No dia 25 de junho de 2001, outros dois operários morreram soterrados no bairro Éden, em Sorocaba, enquanto que no dia 9 de agosto de 2006, outro desmoronamento em obra de rede de esgoto matou dois trabalhadores na avenida Antônio de Souza Neto, bairro Aparecidinha, também em Sorocaba.

Ontem, no momento do acidente, cinco operários trabalhavam no local. Os ajudantes-gerais Márcio e Gian, segundo informou um dos funcionários que presenciou o fato e que não quis ser identificado, estavam implantando a rede de tubulação de esgoto dentro da vala, quando a parede lateral esquerda desabou sobre ambos. Diante da grande quantidade de terra, enquanto dois deles fizeram uma primeira tentativa de resgate, outro acionou o Corpo de Bombeiros. "Foi tudo muito rápido", limitou-se a dizer um dos trabalhadores à imprensa. Abalados os funcionários que presenciaram o acidente foram retirados do local por outro representante da empresa.

A ajuda chegou em aproximadamente sete minutos após a comunicação da ocorrência, sendo que dois minutos após a chegada da primeira equipe de bombeiros, os funcionários já estavam com a cabeça livre de terra, informou o tenente Eduardo Oliveira. Gian foi retirado com sinais vitais. Bombeiros fizeram os procedimentos de emergência por mais de trinta minutos para reverter a parada cardiorrespiratória, mas não resistiu ao tempo que ficou sem oxigênio e morreu no próprio local. Já Márcio foi resgatado sem vida. "Numa das paredes, percebe-se que havia um extenso formigueiro, que deixou a terra fofa. Isso pode ter contribuído para o desmoronamento. Eles morreram por asfixia mecânica, por conta do volume de terra, que fez pressão na caixa torácica e os impediram de respirar", explicou o tenente, que completou: "Foram cerca de dois metros cúbicos de terra que caíram sobre ambos."

As vítimas usavam equipamentos individuais de segurança, como capacetes, que inclusive chegaram a rachar devido ao impacto e a pressão provocado pelo volume de terra. Porém, na vala não havia escoras ou a chamada gaiola de proteção. No local, o profissional que representou a empresa Alom Engenharia não quis falar com a imprensa. A reportagem também tentou contato telefônico, mas sem sucesso.
Peritos da Polícia Científica estiveram no local, fotografaram e colheram dados para o inquérito. A Polícia Civil de Sorocaba vai apurar como aconteceu o acidente e se houve eventual desrespeito às normas de segurança.

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